domingo, 29 de dezembro de 2013

Uma breve história de Lisboa e violoncelo

Esse é um texto muito especial dedicado a pessoas muito especiais.

Há cerca de 4 anos, Luiz e eu chegamos a uma nova fase de nossas vidas. Ele já nos 60 e eu chegando lá em breve. Nossos cinco filhos, todos adultos, cuidando muito bem de suas vidas e famílias. Nossa carreira profissional estava declinando, porque os melhores trabalhos eram sempre oferecidos aos mais jovens, mais versados nas novas mídias e tecnologias, que não conseguíamos acompanhar com a velocidade necessária.

Dessa maneira, a vida começou a parecer sem objetivo, porque os desafios - de vida e trabalho - passaram a não existir mais. Sem objetivos a perseguir, a tendência de alguns é passar a viver a vida dos filhos e netos — o que não deixa de ser uma opção. Outros ficam depressivos, se sentindo inúteis, sem importância para ninguém ou para o Planeta. E, para piorar, as finanças vão se reduzindo enquanto as despesas em razão da idade (plano de saúde, remédios, etc) só aumentam.

Foi então que Luiz e decidimos, um dia, conhecer Portugal, a terra dos nossos ancestrais, onde nunca tínhamos estado. Pensamos como era absurdo conhecer tantos países e nunca ter ido àquele onde se iniciavam todas as lições dos nossos livros de História.

E foi uma descoberta e tanto! Adoramos tudo por lá — os lugares, a cultura, a gastronomia e, principalmente as pessoas, com tanto em comum conosco — o espírito alegre e aberto, aliado a um nível de civilização e organização muito acima do brasileiro.

Era como estar no Brasil calmo e tranquilo dos anos 50, 60 — com as pessoas se cumprimentando nas ruas, crianças uniformizadas e bem comportadas entrando e saindo de escolas públicas (lá ainda são as melhores) casas e carros sem alarmes, praticamente nenhuma neurose com segurança.

Tudo isso, aliado à transportes coletivos impecáveis e pontuais, casas, alimentação, medicamentos e saúde muito mais baratos do que no Brasil, além de praias lindas no Sul, montanhas nevadas no Norte e cidades que, embora pequenas, têm vida cultural tão intensa como São Paulo e Rio.

Foi uma das maiores descobertas da nossa vida! E surgiu então um novo objetivo de vida - uma luz brilhando no fim do túnel: Lisboa! Passamos a trabalhar o mais que podíamos para poder passar lá, pelo menos um a dois meses por ano. Mas queríamos mais — talvez seis meses por ano! E encaramos mais um desafio, um novo objetivo a perseguir... foi um renascimento, uma nova juventude para os dois sexagenários.

Toda nossa vida financeira passou a ter esse objetivo: conseguir renda para poder ter uma casa nossa em Lisboa, de modo a passar lá quanto tempo desejássemos dos nossos restantes anos de vida. Podendo voltar para casa à noite à pé após um cinema, concerto ou apenas visita a amigos, como fazíamos no Brasil dos anos 50! Que qualidade de vida! Lá isso ainda hoje é normal e possível!

Nada poderia nos desviar desse objetivo. Nem mesmo a segunda descoberta que fizemos no início de 2013.

A segunda descoberta foi a música. Um projeto novo para ensinar idosos a tocar instrumentos de orquestra chamou nossa atenção. Era de graça e nos inscrevemos. Fomos aceitos (os dois, graças!). E foi maravilhoso! Conhecemos pessoas de todas as regiões de São Paulo — algumas muito simples, que precisam de 3 meios de transporte diferentes para chegar à aula, outras parecidas conosco, outras que moravam muito perto de nós e nunca tínhamos encontrado! Delícia total! Os professores, as aulas, pegar naqueles instrumentos lindos de orquestra faz as horas de aula parecerem curtas demais e as horas de espera pelas próximas aulas parecerem muito longas!

Nessa hora veio a vontade de levar para casa os instrumentos, para poder estudar mais do que apenas os dois dias por semana de aula. Luiz ganhou um violino que a Laura tinha e não usava mais. Mas eu... um violoncelo? De R$ 1.600,00!? Isso ia interferir no plano Lisboa, portanto, impossível! Então decidi transformar em fonte de renda as bijuterias que eu fazia apenas por hobby, para presentear pessoas queridas. E abri uma poupança só para isso — objetivo: violoncelo!

Lígia foi a minha maior estimuladora e ajudante. Opinou sobre os modelos que as jovens mais gostavam e usavam, como reduzir o número de modelos para produzir em maior quantidade, me ajudou nas horas de aperto em que havia muitas encomendas... Vendeu, entregou e cobrou centenas de pulseiras para seus alunos e amigos ... e nunca aceitou receber um centavo, embora eu achasse que seria justo e merecido.

Laura me ajudou fazendo lindas fotos para a lojinha online. E no final de semana do aniversário de casamento da minha irmã, foram minhas queridas tias e primas que me surpreenderam: compraram tudo o que eu tinha conseguido produzir em uma semana e ainda encomendaram mais! Foi a glória!

E agora a grande e deliciosa conclusão disso tudo:

Já comprei o violoncelo, que meu professor vendeu pela metade do preço — paguei R$ 800,00 em lugar dos R$ 1600,00 que pagaria em uma loja!

E.... acabamos de voltar de Lisboa onde assinamos a escritura do nosso novo apartamento!

Na verdade, ele não é só nosso, mas de todos que nos apoiaram e a quem amamos muito. Ele será alugado para turistas durante os meses de alta temporada na Europa (junho a setembro) e grandes feriados, como Natal e Ano Novo. Mas saibam todos que, a partir de agora, serão sempre bem-vindos como nossos hóspedes muito especiais no apartamento que a família passa a ter, na Freguesia de São Vicente de Fora - Alfama, em Lisboa, Portugal!

Bjos Eliana (com aprovação e correção de Luiz Carlos)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Goiabada mole em 15 minutos!

Quem gosta de goiabada molinha, aquela que esparrama sobre o queijo, dá pra passar no pão ou usar como recheio/cobertura de bolo, aí vai a dica para conseguir uma bem rapidinho.



500 gramas de goiabada cascão (aquela bem dura).

1/2 litro de água. E só!



A goiabada que usei, meu filho trouxe de uma viagem a Juquiá.

Agora precisa cortar a goiabada em pedacinhos. E juntar 1/2 litro de água.
Leve ao fogo mais fraquinho que tiver no seu fogão. Pode deixar no forte até a água ferver, mas depois, abaixe ao máximo.
Senão, ao ferver, as bolhas espirram no fogão. E mexa com uma colher longa, para os espirros não queimarem sua mão. Quando ferver, comece a mexer de vez em quando, só para ir derretendo por igual. Isso não vai durar mais que 2 a 4 minutos! Depende da dureza da goiabada. E pronto! Se restarem pedacinhos amarelinhos, não se preocupe. São partes da casca da goiaba. Não alteram em nada o gosto. Ao contrário!



Agora é só esperar esfriar e saborear!

domingo, 14 de outubro de 2012

Pão caseiro

No liquidificador, bata 3 ovos bem grandes (ou 4 pequenos), 2 cubinhos de fermento biológico fresco (30 gramas) ou 1 envelope de fermento biológico granulado (11 gramas); 1 lata ou caixinha de leite condensado (395 gramas), a mesma medida (da lata) de água morna (morna muito leve - não pode esquentar demais); 1 colher (chá) de sal.

Passe essa mistura para uma bacia ou tigela grande (não use tigela de metal) e acrescente -- aos poucos -- cerca de 700 gramas de trigo, misturando com colher de pau. Dependendo do tamanho dos ovos e de suas demais medidas, vc vai precisar do quilo completo de farinha, ou até mais um pouco até terminar de preparar a massa.

Espalhe um punhado de farinha na pia ou balcão e despeje a massa sobre ela. A massa ainda deve estar mole e grudenta, a ponto de ameaçar se espalhar no balcão. Deixe o pacote de farinha à mão e vá jogando mais por cima e dos lados, e mexendo sempre a massa com movimentos rápidos para não grudar na sua mão. Acrescente farinha até o ponto de ver que a massa não se espalha mais no balcão - ou seja, tem estrutura. Mas se você furar com o dedo, ela gruda no seu dedo.

Faça movimentos de estica e dobra com ela, para arejar. Polvilhe mais farinha sempre que grudar muito na pia ou na mão. Quando não estiver mais grudando demais, divida em duas partes e faça o pão da forma que quiser. Eu faço um tubo grosso, achato, corto em três tiras (faca muito afiada) e tranço. Repita com a outra metade.

Coloque os pães em assadeira enfarinhada, com espaço entre eles. Faça cortes rápidos e rasos com lâmina ou faca afiada na superfície dos pães. Separe uma bolinha de massa e coloque no copo com água.

Para deixar crescendo, costumo colocar sobre o fogão, deixando o forno ligado no mínimo -- isso aquece a cozinha e faz eles crescerem mais rápido. Costumo fazer uma "cabaninha" para eles em cima do fogão, prendendo o pano na tampa levantada.

Quando a bolinha boiar no copo (isso vai levar de 2 a 4 horas) dependendo da temperatura do dia e da qualidade do fermento), coloque no forno (que já está ligado no mínimo) e espere assar. Ele deve ficar bem dourado. Leva cerca de 20 a 30 minutos.

Parece complicado, mas não é. Depois da primeira vez, não se precisa nem mais de receita.

Pão entrando no forno.

Pão saindo do forno!

sábado, 15 de setembro de 2012

Notebook que desligava sozinho. Solucionado!

Pessoal, resolvi contar aqui como consegui consertar meu notebook que estava se desligando sozinho! No começo, ele fazia isso de vez em quando, depois passou a desligar várias vezes por dia.

Procurei Fóruns e muitos falavam em vírus, memória falhando, windows corrompido... alguns falavam de falha do alimentador de energia (aquela caixinha preta que fica no fio entre o notebook e a tomada). Eu já desconfiava dele. Mas ele era inocente! Fiz o teste trocando o alimentador pelo de outro computador aqui de casa, que é igual ao meu. O que aconteceu? O meu continuou desligando e o outro, que estava com o meu alimentador, continuou trabalhando normal.

Vírus não poderia ser porque meu antivírus está atualizado e o Windows funcionava perfeitamente em todas as funções. Não tinha uma função específica que fazia o notebook desligar. Quando liguei para o suporte, falaram na possibilidade de reformatar o hard disk para reinstalar o Windows!!! Imagina! Tirar tudo o que tem lá??? Ou mandar para eles verem o que estava havendo. Eu ficaria sem o notebook por 15 dias!!!

Resolvi investigar a história do possível superaquecimento do chip (processador).

Mas como saber a temperatura do meu processador? Como saber se estava superaquecendo ou não? Existe um aplicativo gratuito chamado SpeedFan que faz isso. Baixei no site Baixaki (http://www.baixaki.com.br/download/speedfan.htm). Instalei e ele me informou que as temperaturas do Core (processador) estavam variando de 70C a 90C. Como saber se isso era alto ou baixo? Na Internet, é claro. Fiquei sabendo que a temperatura ideal é de 35C a 45C. Imagine!!!

Também na Net diziam que as maiores causas de alta temperatura eram sujeira emperrando o ventilador e/ou tampando os vãos do dissipador, responsáveis pelo resfriamento do chip.
Mas aí pensei: como vou limpar isso?

E de novo a Net me salvou! Um tutorial no YouTube mostrava como desmontar o notebook, o ventilador, o dissipador e limpar tudo (http://www.youtube.com/watch?v=P4CIiNojS40&feature=related). Criei coragem e desmontei tudo! Sem esquecer de tirar a bateria e desconectar tudo antes de começar.

Valeu! Foi muito mais fácil do que eu pensava. E estava tudo entupido mesmo. Além do pincel limpo e seco -- para tirar o pó do ventilador e desobstruir os vãos do dissipador -- usei um spray de limpar contatos (FosPro) no centro do ventilador (depois que tirei ele do notebook).

A gente só tem de tomar cuidado -- na hora de tirar o dissipador -- de não mexer em umas melequinhas (tipo pasta, meio cinza) que ficam bem no lugar onde o dissipador encosta nos processadores. Essa pastinha não pode ser retirada!! Ela faz a ligação do dissipador ao chip.

Aproveitei para fazer o ventilador girar bastante, usando meu secador de cabelo na temperatura fria. Aí montei tudo de novo. A temperatura baixou drasticamente!!! Agora não passa de 45C e acredito que o notebook não se desligará mais.

Resolvi colocar isso aqui para não esquecer do que fiz e porque talvez possa ajudar alguém com o mesmo problema.

domingo, 16 de outubro de 2011

Contrafilé x Alcatra: a Guerra.

A briga entre os apreciadores de Contra-filé e os de Alcatra lembra a que existia entre fãs dos Beatles e dos Rollings Stones nos anos 60-70. Não tem acordo... é questão de paixão (ou de paladar). Quem viveu sabe o quanto as duas tribos se criticavam... e continuam assim até hoje.

Pois é... Contrafilé e Alcatra servem para fazer as mesmas receitas: bifes acebolados, picadinhos, estrogonofe, bife à milanesa, à cavalo, karê, tepamyaki. Só não são tão adequados para bifes altos, como se faz com Filé Mignon. A não ser com certas partes de cada uma - no caso do Contrafilé, há uma parte mais macia, de onde se tiram Baby Beef, Bife Ancho e o Bife de Chorizo, por exemplo. Já a Alcatra tem partes especiais de onde se tiram a Picanha e a Maminha.

A diferença é que o Contrafilé tem uma faixa larga de gordura em um dos lados e a Alcatra não (com exceção da área da Picanha). A Alcatra tem uma cor vermelha mais escura - parecida com a do Filé Mignon. Já o Contrafilé é uma carne mais rosada. Na Alcatra, as fibras são mais curtas, por isso é mais macia que o Contrafilé, cujas fibras são longas. Mas os apreciadores de Contrafilé defendem que nada bate seu sabor - mais intenso.

Na minha opinião, a Alcatra é a melhor carne para se fazer bifes "domésticos" (no fogão comum) e, imbatível, para bifes à milanesa. Por outro lado, o Contrafilé permite fazer bifes um pouco mais altos e, na versão com osso - o Tbone -, quando bem preparado, deixa a Alcatra "no chinelo". No preço, as duas carnes se equivalem e são bem mais acessíveis que o Filé Mignon. De qualquer forma - jamais!- faça com elas carne de panela, guizados, sopas, caldos, cozidos em geral - será um fracasso! O sabor é suave demais e se perde totalmente.

Dica: Ao fazer bifes de Contrafilé em casa, separe a faixa de gordura da carne. Mas não despreze a gordura: corte-a em pedaços pequenos e deixe-os na frigideira enquanto frita os bifes. A gordura vai derretendo e dando um sabor delicioso aos bifes e, ao final, ela terá se transformado em torresmos deliciosos! Se deixar a faixa de gordura presa aos bifes, ela não ficará tostadinha, porque a carne frita muito mais rápido - e você terá um bife pronto, com uma faixa de gordura "branquela" presa nele.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Carnes sem medo!

Não fique confuso dos supermercados com os nomes que colocam nas carnes - como Mignon Tenderloin, Medalhão, Baby Beef, Bife Especial, carne para Strogonoff, Sirloin Steak, Faux de Filé, Bife Palha, Filé de terneiro, e muitos outros. Nas letras miúdas, eles são obrigados a dizer o nome oficial do corte padrão de onde veio a carne. Baby Beef, por exemplo, vem do conta-filé, assim como o Bife Ancho e o Bife de Chorizo dos argentinos.

Filé mignon - "the best"!!!

Ideal para fritar (ou grelhar) e comer douradíssimo por fora e mal passado por dentro! Ele quase dispensa temperos (costumo usar só sal) - porque a carne, além de muito macia, é deliciosa por si só! É perfeito para fazer bifes altos, medalhões, turnedos, chateaubriands, steaks vários (como o au poivre), picadinho de cubinhos, espetinhos, estrogonofe e rosbifes. Pratos com filé mignon são muito rápidos de fazer, porque ele não pode fritar muito tempo e - jamais - ser cozido!

No caso do filé mignon, a única variação é se ele vem ou não com o "cordão", uma parte meio separadinha e lateral, paralela ao comprimento do filé, com um pouco mais de gordura, mas igualmente macia, pois, é parte do filé. Quando a gente compra um filé inteiro - com o cordão - costumamos separar o cordão para que o bife fique mais bonito - redondinho. E o cordão, a gente pica em pedacinhos, congela, e usa outro dia para picadinho, espetinho ou estrogonofe.

Mas atenção: Para o filé mignon ficar perfeito é necessário fritar os bifes (os cubos, ou todo o filé) em pouco óleo ou manteiga (ele já tem gordura própria), mas em fogo muito forte! Faz um fumacê danado na cozinha! O ideal é usar aqueles fogões que têm chamas poderosas, tipo alta pressão (como os industriais) ou grelha, se tiver. Porque para o bife grosso ficar dourado por fora e mal-passado por dentro, só dando um choque térmico (quente) inicial nele - para "selar" a carne por todos os lados. Depois, pode deixar na frigideira ou grelha mais uns minutos até o ponto desejado (mais ou menos passado). Em fogo normal, o sangue vai indo embora para a frigideira, "forma água" e o bife "cozinha" em lugar de fritar. Perde o gosto, fica menos macio e "branquelo", bem diferente dos filés altos lindos de restaurante (é que eles têm o fogo poderoso!).

Truque: Aprendi com o ídolo da minha filha, o Jamie Oliver, um truque para fritar bife em casa, na chama forte do fogão comum, sem tanto fumacê, e com excelente resultado. Basta usar uma tampa - menor que a frigideira - e que vede todo o bife - sem encostar nele (ela tem de ser meio abaulada). Essa tampa devee encostar no fundo da frigideira em torno do bife. Desse jeito, o calor não se perde, fica concentrado em torno do bife, formando uma espécie de câmara de calor em todo da carne, que doura rapidinho. É genial! Só é difícil achar a frigideira e a tampa nos tamanhos corretos.

Obs 1: Como eu sou antiga demais para entender de grills "George qq coisa", não faço a menor idéia se eles são - ou não - capazes de produzir bifes altos de filé corretamente. Recomendo.... ler o manual de instruções?!?!?

Obs 2: Não desperdice azeite para fritar! A altíssima temperatura da fritura invalida as características do azeite e o sabor interfere no gosto suave do filé. Melhor usar um bom óleo de milho ou manteiga (margarina nem pensar!). Se gostar de azeite, regue seu filé depois de pronto.

No dia-a-dia - O filé mingnon, além de bifes maravilhosos, é perfeito também para picadinho em cubos (sempre frito rapidamente, poucos cubinhos de cada vez, em óleo muito quente), estrogonofe (o mesmo esquema para fritar, antes e acrescentar o molho) e o mais delicioso rosbife do mundo! Nada a ver com os rosbifes frios fatiados de rotisseries e padarias (feitos em geral com coxão duro ou lagarto). Em qualquer receita, o filé deve ser grelhado (ou frito) em separado do molho que se vai usar - seja qual for. Só depois que estiver bem dourado (seja em tiras, cubos, bifes ou inteiro) então se acrescenta o molho - na panela ou frigideira - ou no prato.

O filé mignon só tem um enorme defeito! O preço!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gostei da banda Restart. E daí?

Eu estava lendo as notícias sobre os vencedores do VMB no ADNews, que citava a banda Restart como a grande vencedora de 2010 (cinco prêmios), quando reparei que os comentários dos internautas eram todos depreciativos: chamavam a banda de "porcaria" para baixo.

Então, como sou curiosa demais em coisas musicais, apesar dos meus 58 anos (e ser do tempo dos Beatles e Rolling Stones!) decidi procurar as músicas deles no Youtube e ouví-las - para ver o quanto eram "horríveis" a ponto de indignar tantas pessoas com a premiação que receberam.

E acreditem: eu gostei. Ouvi só duas músicas, mas achei que eles têm um som característico, harmonização (dentro do estilo, é claro) agradável e letras bem de acordo com o que os pré-adolescentes atuais gostam. Sinceramente, não vi muita diferença entre eles e outros grupos de rock atuais como JQuest ou Skank, ou com clássicos como Beatles e Rolling Stones no começo da carreira.

Será que criticam tanto aqueles quatro meninos só porque eles se preocupam com o visual, com cabelos cortados na moda e coisas assim? Ou seja, usam o marketing visual para dar um "empurrãozinho" na carreira? E quem não faz isso quando pode?

Mas não creio que só o marketing sustente uma banda se ela for ruim. E achei que fazem um som competente, cantam direitinho e tem tudo para agradar quem tem hoje de 15 a 18 anos. Será isso errado?

Será que hoje só se considera bom quem faz som pesado, letras deprê, e se veste mal? Gostei tanto de ouví-los como gosto de ouvir B52, Queen, Beatles, Skank, ou outro grupo de rock... cada um no seu estilo, na sua geração, para o seu público.

Talvez eu sinta essas coisas diferente da maioria das pessoas que comentaram no ADNews porque tive cinco filhos - e acompanhei todas as tendências e gostos musicais que cada um deles teve, a seu modo e em sua época. Eu não parei lá atrás porque agora estou na fase de curtir com meus netos o que eles curtem. E adoro poder fazer isso.