terça-feira, 20 de abril de 2010

Aprendendo a verdade da vida....

Terminei hoje de reler "História do Mundo para Crianças", de Monteiro Lobato, uma obra prima que recomendo a todos - principalmente adultos. Cada capítulo é uma lição de história fantásticamente rica e bem contada - desde a pré-história até a II Guerra Mundial, sem nunca ser cansativa ou desinteressante. E acrescentando fatos e dados que não se aprende nas escolas.

Nos últimos capítulos, depois de contar a Narizinho, Pedrinho e Emília toda a história da humanidade - que não passa de uma sequência infindável de guerras, assassinatos de reis, massacres de povos, perseguições religiosas - dona Benta contou a eles algo mais leve: a história da música, da ciência e das invenções - e dos homens responsáveis por elas que, em lugar de lutar, matar e destruir, criaram coisas belas, remédios para doenças e máquinas úteis e maravilhosas.

Então, Narizinho perguntou:
"Mas será que as invenções melhoram a vida, vovó?"

E nas palavras de dona Benta, Monteiro Lobato colocou uma das conclusões mais perfeitas sobre a humanidade que já tive a oportunidade de ler ou ouvir:

-"Melhoram a vida, sim, embora não melhoram o homem. A nossa vida hoje podemos dizer que é riquíssima, se compararmos com a de um século atrás. Entretanto o homem é o mesmo animal estúpido de todos os tempos. Abra o jornal e leia as principais notícias. Só falam em miséria, em crimes, em guerras. A humanidade continua a sofrer dos mesmos males de outrora - tudo porque a força da Estupidez Humana ainda não pôde ser vencida pela força da Bondade e da Inteligência. Quando estas forem mais fortes do que aquela, então sim, teremos chegado à Idade do Ouro".

Não é uma verdade dura de engolir?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"É de tirar as calças pela cabeça"!

Eu me tornei uma pesquisadora de produtos e preços tão detalhista e obstinada que entrei numa arapuca de ter dificuldade em comprar qualquer coisa que seja na internet. Desde um simples cartucho para a impressora, até um colchão ou geladeira, a pesquisa exaustiva me faz gastar horas em comparações hiper detalhistas, envolvendo tantas variáveis que acabam me deixando confusa.
Quando se trata de artigo com poucos fornecedores, fica mais fácil. Mas a profusão de lojas vendendo eletrônicos, eletrodomésticos e outras traquitanas de que todas as casas precisam, tornou minha vida de consumidora-pesquisadora bem complicada.
É claro que fica mais fácil quando já se sabe - pelo menos em parte - o que se quer. No mínimo, uma faixa de preço ou uma marca preferida.
Mas quando não se tem uma marca ou orçamento definido em mente - a coisa fica preta.
Faz cerca de uma semana que estou tentando escolher um colchão. Começa pela dúvida: cama tradicional e colchão ou cama box e colchão? E quando chega no colchão, então, é uma loucura! Mais de 20 marcas, todas alardeando o melhor sono do planeta. Numerosos tipos/quantidades de molas, revestimentos, espumas desenvolvidas na Nasa... coisa de enlouquecer.
De tanto ler especificações e fóruns sobre colchões e a importância do sono, estou ficando PHD na matéria. Mas quanto mais aprendo, menos me decido, já que cada um tem um algo mais ou um algo menos (o algo "mais" em geral é o preço, é claro). E quando coloco em uma bela planilha os + e os - de cada modelo/marca, e chego a uma conclusão razoável, ao fazer uma última pesquisa sempre aparece um tipinho qualquer no site "Reclame Aqui" dizendo horrores da marca e/ou loja.
"É de tirar as calças pela cabeça"!