sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Gostei da banda Restart. E daí?

Eu estava lendo as notícias sobre os vencedores do VMB no ADNews, que citava a banda Restart como a grande vencedora de 2010 (cinco prêmios), quando reparei que os comentários dos internautas eram todos depreciativos: chamavam a banda de "porcaria" para baixo.

Então, como sou curiosa demais em coisas musicais, apesar dos meus 58 anos (e ser do tempo dos Beatles e Rolling Stones!) decidi procurar as músicas deles no Youtube e ouví-las - para ver o quanto eram "horríveis" a ponto de indignar tantas pessoas com a premiação que receberam.

E acreditem: eu gostei. Ouvi só duas músicas, mas achei que eles têm um som característico, harmonização (dentro do estilo, é claro) agradável e letras bem de acordo com o que os pré-adolescentes atuais gostam. Sinceramente, não vi muita diferença entre eles e outros grupos de rock atuais como JQuest ou Skank, ou com clássicos como Beatles e Rolling Stones no começo da carreira.

Será que criticam tanto aqueles quatro meninos só porque eles se preocupam com o visual, com cabelos cortados na moda e coisas assim? Ou seja, usam o marketing visual para dar um "empurrãozinho" na carreira? E quem não faz isso quando pode?

Mas não creio que só o marketing sustente uma banda se ela for ruim. E achei que fazem um som competente, cantam direitinho e tem tudo para agradar quem tem hoje de 15 a 18 anos. Será isso errado?

Será que hoje só se considera bom quem faz som pesado, letras deprê, e se veste mal? Gostei tanto de ouví-los como gosto de ouvir B52, Queen, Beatles, Skank, ou outro grupo de rock... cada um no seu estilo, na sua geração, para o seu público.

Talvez eu sinta essas coisas diferente da maioria das pessoas que comentaram no ADNews porque tive cinco filhos - e acompanhei todas as tendências e gostos musicais que cada um deles teve, a seu modo e em sua época. Eu não parei lá atrás porque agora estou na fase de curtir com meus netos o que eles curtem. E adoro poder fazer isso.

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